Cheia de vazios

Hoje estou com uma sensação estranha de qualquer coisa assim do tipo, entende?
Mais ou menos de um jeito diferente, que não tem motivo, justificativa ou razão.
Acordei com vontade de fazer nada, mas precisava fazer alguma coisa. É tão esquisito…

Então resolvi filosofar. Não sobre a vida, ou sobre coisas reais. Fiquei pensando se as séries americanas de ficção policial sofreram a influência da Ágatha ou do Arthur. Acho se fosse influência do Stephen estaria mais para The Twilight Zone. Quem nasceu primeiro? The Twilight Zone ou o Stephen?

Pesquisando descobri que:
– The Twilight Zone (Além da Imaginação no Brasil / Quinta Dimensão em Portugal) teve sua primeira versão em 1959, mas a data do episódio piloto data de 24/11/1958 (fonte: Wikipedia).  Foram 5 temporadas, que terminaram em 1964. No final da década de 80 foram lançadas novas temporadas. Alguns episódios têm o mesmo nome, mas não faço a menor idéia se tratam da mesma história.

  • Stephen King, vulgo “Mestre do Horror Moderno” nasceu nos EUA em 1947. Ao que consta, ele teve um trauma quando miúdo e presenciou a morte de um amigo, que ficou preso nos trilhos do trem, que o pegou.
    Pelo que pesquisei, King alega que este incidente nada tem a ver com seu gosto pelo terror. Se isso é verdade ou não, sinceramente eu não sei, mas com certeza todas as vezes que ele vê um filme que alguém fica preso num trilho de trem e o comboio está por chegar, deve passar-lhe um frio na espinha.
    Ele também conta que gostava muito de ler “Tales from the crypt” e começou a escrever pequenos contos de terror e vendia para uns amiguinhos na escola. Dá pra notar de onde vem a inspiração…

Eu comecei a ler um livro dele, que chama Insônia (Insomnia), mas não consegui acabar, porque eu lia no caminho de ida ao trabalho e volta pra casa, mas depois que mudei para a casa da minha mãe o metrô que pegava estava cada vez mais insuportável, então eu desisti de terminar a leitura. Não que não fosse instigante, é sim, mas eu preciso de concentração, espaço e tempo pra ler, o que a esta altura me falta um pouco, mas pretendo voltar a ler e depois digo o que achei.

Insônia a parte, descobri também que um monte de filmes que já vi são obras do super King.
– Carrie, a estranha;
– O Iluminado (aquele do Jack Nicholson que vai trabalhar num hotel no meio do nada durante o inverno);
– Christine, o carro assassino;
– Cemitério Maldito (o nome do livro é Pet Sematary);
– A espera de um milagre (com Tom Hanks);
– Bala de prata (o livro chama-se Cycle of the Warewolf).

Neste final de semana eu achei nas livrarias um lançamento dele, que chama Love.
Dizem que não é tanto terror assim, mas assim que eu acabar de ler Insônia, eu me aventuro nesse outro.

Voltando às séries americanas, esses CSIs (LV, NY ou Miami), todos os Law and Orders, NCIS, e mais alguns que certamente eu vou me lembrar depois, devem ter uma inspiração nos romances de Ágatha Christie e/ou do Sir Arthur C Doyle.
É muita coincidência que todos tenham detetives que desvendam assassinatos. E a forma como tudo é tão engendrado, só mesmo um Sherlock Holmes consegue atentar para tantos detalhes. Ok, ok, o Holmes deduz tudo sozinho e sabe se um indivíduo está com problemas de relacionamento só de olhar para a forma como se veste ou anda.
Gostaria de saber se Holmes teria a mesma astúcia nos dias de hoje, porque com a globalização e avanço tecnológico, muita coisa mudou, principalmente em London.

Lembro bem quando uma professora de português (não lembro de qual série, mas a cena ficou na minha memória) perguntou à turma: “algum de vocês já leu Ágatha Christie?”
Todos responderam em coro: “nããããão!!”
E ela retrucou: “pois bem, não comecem. Quem começar não vai mais querer parar. E não digam que não avisei”

Estava certíssima. Eu comecei pelo pior livro que algum viciado em suspense poderia começar: o caso dos dez negrinhos.
Nunca me imaginei sem querer comer ou dormir para acabar de ler um livro. Eu ficava imaginando o que iria acontecer em seguida enquanto tomava banho, quando estava no trabalho, quando fazia alguma prova da faculdade. E então… a profecia se cumpriu: viciei em romances policiais.

Daí pra frente eu vejo qualquer desses seriados e me sinto como Poirot ou Holmes, mas sem aquele bigode horrível e sem alquele cachimbo. Longe de fumos. Quero desvendar tudo antes do fim da história e são raras as vezes que me engano ou que me surpreendo.
Minha conclusão: da natureza e das histórias de terror/suspense nada se perde e nada se cria, tudo se transforma, inclusive aquele vazio que eu sentia há pouco.

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