A verdade sobre a amamentação – Parte I

Estou lendo um livro sobre aleitamento materno, da enfermeira Helena Saraiva. Hoje cheguei no capítulo que explica as vantagens do Leite Materno em exclusividade, me revoltei e resolvi escrever sobre a amamentação.

Como vocês sabem, eu estava super grávida, e meu bebe nasceu no comecinho de Junho/2012, e depois disso minha vida deixou de ser minha e passou a ser dele.
Queria escrever antes sobre o trabalho de parto e o parto em si, o puerpério, mas isso vai ficar pra outro dia.

Vamos focar num ponto: o aleitamento/amamentação.

Todo mundo já ouviu que o melhor para o bebê é o leite materno, começando pelo colostro.
Vou resumir:
Colostro é a secreção que é produzida assim que o bebê nasce, e é meio viscoso, transparente meio amarelado. O bebê, assim que nasce tem que ser colocado ao peito pra começar a sucção e estimular a produção de colostro. Os dois maiores benefícios dele são: ajuda a limpar o mecônio do intestino do recém nascido e possui milhares de anticorpos, funcionando como a primeira vacina do seu bebê.

Depois de 3 dias do nascimento, o colostro fica escasso e é substituído pelo leite.

Só que, para isso, o bebê tem que mamar já de seguida ao nascimento, e continuar mamando.

Minha experiência: o meu parto foi traumático, meu filho ficou internado e só pude colocá-lo ao peito no 3º dia de vida dele. Tive que fazer estimulação com bomba e o pingo de colostro que saía era desperdiçado pq nao dava nem pra pegar com uma seringa e depois dar ao meu filhote.

Ele mamou o quê? Uns 10ml de colostro no total em 2 dias? Acho que foi isso no máximo.

Como ele já estava habituado à mamadeira que lhe foi dada na maternidade, não conseguia pegar o meu peito. É meu primeiro filho, logo, minha anatomia mamária não é a mais preparada pra amamentação. Comprei aquelas tetinas de látex pra tentar facilitar o trabalho da minha criança, mas a enfermeira que teve a boa vontade de me ensinar a amamentar desaconselhou fortemente o uso da tetina.

Tentei dar o meu peito puro e simples ao bebê quando ele teve alta do hospital, mas não adiantou. Ele não pegava de jeito nenhum. Então que se dane o conselho da enfermeira, vamos à tetina! E funcionou. Ele conseguiu mamar.

Só que não era o suficiente, e eu, por não ter tido a hipótese de tentar amamentar o meu filho, não produzia nem 30ml de leite no total.

Esse papo de não recorrer ao leite artificial e insistir no peito é muito bonito, mas em se tratando do seu filho, que devido a complicações no parto teve que ficar internado, você deixaria ele berrando de fome?

Foi então que eu introduzi o método misto: dou peito (LM) até ele esvaziar os dois lados, e depois complemento com leite artificial (LA).

E assim foi e ele ganhou 400g em uma semana. Depois de uns 15 dias com a tetina, ia tentando direto no peito, até que enfim ele aceitou e aposentei a tetina.

Na consulta com a pediatra, ela achou ele muito bem mas disse que queria que eu desse apenas LM. Eu fiquei chocada (pq foi a pediatra na maternidade que disse para eu suplementar a alimentação dele), mas ela disse que tinha que ser assim, que seria o melhor para ele, e ressaltou que não haveria vantagem em dar os dois, eu teria na mesma o trabalho de dar peito e de preparar a mamadeira (lavar, esterilizar, preparar a mistura, aquecer…).

Nota: estou me lixando/me estou nas tintas para o trabalho que dá, quero o melhor pro meu bebê.

Saí da consulta e refleti a respeito. Mas refletir não me faz produzir mais leite, então não adiantava nada tirar de repente o LA. Me comprometi comigo mesma em fazer um esforço pra alcançar esse objetivo.

Antes da consulta, das 8 mamadas diárias, eu tinha que complementar 6 ou 7 com LA.
Hoje eu dou LM quantas vezes ele quiser, sendo que dou 3 mamadeiras com LA por dia.

Quando está muito calor, eu dou 4 mamadeiras LA. E teve um dia que foram só duas.

Uso aptamil 1, e cada mamadeira fica com 120ml que são deglutidos em 10min. O LM é um processo mais demorado, mais ou menos 15-25min pra ele ficar saciado.

Em todos os sites, blogs e livros há a condenação da mãe que dá LA + LM, dizendo que a criança vai se habituar mal, vai enjoar do peito, vai ficar com preguiça, etc…

Meu parecer: bullshit!

Não sei se tem a ver, mas a mamadeira do meu filho é da Tommee Tippee, e o bico/tetina é meio que no formato e textura do mamilo humano, e o furinho é micro, que força a criança a fazer muita sucção.
Além disso, eu lhe dou sempre o LM primeiro, e caso falte (ou não encha a tempo), dou o LA. Sempre converso com ele durante a amamentação com LM, faço carinho na mãozinha, e ele prefere o LM, por causa desse contato. Quando ele tá faminto e meu peito já está escasso, ele nem perde tempo: abre o berreiro e enquanto não tiver LA, ele não se cala.

A desvantagem do LA é que só pode ser dado num intervalo mínimo de 3h entre mamadas; enquanto o LM pode ser dado a qualquer hora.

A vantagem do LA é que se você acertar a dose, a criança consegue dormir 6h seguidas super saciado e acorda felizão; enquanto o LM vai dar uma saciedade de 3 a 4h e ele acorda starving…

Ocasionalmente, por ele estar com sono, ele rejeita o peito e prefere o LA, mas eu sou brasileira e não desisto nunca. Sei que ele não tem razão pra estar faminto, sei que ainda tenho leite, e fico insistindo com ele até ele esvaziar. Se depois disso continuar com fome, aí dou o LA.

Vou dar peito o máximo que eu conseguir, com o objetivo final de eliminar o LA. Mas deixar meu filho com fome me estressa; eu estressada não produzo leite.
Ele com fome não dorme. Ele não dormindo eu tb não durmo. Se eu não descansar, também nada de leite.

É isso.

Depois eu abordo mais sobre a alimentação, pegadas, probleminhas, etc. Queria apenas desabafar sobre essa  obsessão por peito peito peito.

Dou os parabéns às mães que conseguem dar apenas LM aos seus filhos. Na verdade até as invejo. Sei que se tivesse dado peito pro meu filho desde o primeiro dia, com certeza estaria com uma produção equivalente às necessidades dele. Como não foi o meu caso, tento chegar lá.

Continua em: A verdade sobre a amamentação – Parte II

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16 opiniões sobre “A verdade sobre a amamentação – Parte I”

  1. ja tava com saudades do seu blog !parabens plo bebe!as vezes me assustei com o que voce escrevia acerca das suas consultas,quando gravida,mas tava com medo que voce ficasse preocupada por isso nunca deixei comentario!nao ligue aos medicos portugueses e medicas e enfermeiras….sao todos muito ignorantes,atrasados e com a mania que sabem tudo!e impressionante!eu moro fora de portugal e sei do que tou falando E muito triste mas e essa mesmo a realidade!beijo

    1. obrigada, Maria!!
      eu fico naquela de nao questionar muito, porque os medicos sabem o que fazem, e nao quero bancar a chata, pq quero evitar mais um estereotipo para os brasileiros, mas foi às custas disso que eu sofri muito no parto meu filho teve que ficar internado…

      a sensação que eu fiquei é que os medicos e enfermeiros acham que nós já sabemos muito e falam muito pouco. a paciência deles para responder algumas coisas é tb um pouco limitada, e como eles estão sempre trabalhando a contra-relogio, me sentia até mal em contestar o que quer que seja… Mas isso acabou!! Agora eu pergunto tudo!!!!!

  2. Olá, parabéns pelo seu blog.
    Seu relato foi uma apresentação sobre a sua verdade sobre a amamentação. Cada pessoa constrói sua história, sua experiência, sua verdade… Não percebo a existência de uma obsessão por peito aqui no Brasil, na verdade percebo o contrário, uma pressão muito maior que vem dos pediatras e da indústria do leite em pó para que as mulheres não amamentem, ou o façam através do aleitamento misto, consumindo, dessa forma, um produto desnecessário (porque raras são as situações em que uma mãe não pode amamentar).
    Concordo quando diz que os profissionais não nos informam. Eles são os que menos apóiam e quem mais dificultam. Eu encontrei ajuda para amamentar em um grupo de mães.
    O caminho é esse que você fez, se informar e fazer o que te deixa mais segura em relação ao seu bebê, ouvir seu coração, mas com base e conhecimento, como você nos relatou. Neste link faço um depoimento sobre a minha experiênca com amamentação.
    http://chadopietrobottari.blogspot.com.br/2011/09/um-depoimento-sobre-amamentacao-e.html Abçs!

  3. Se amamentação fosse fácil, não precisava de campanha
    Que a amamentação é o melhor para o bebê, todo mundo sabe. O que ninguém avisa é o quanto amamentar pode ser difícil e custoso tanto para a mãe quanto para a criança. Recentemente, tive problemas para amamentar minha filha de dois meses, e pesquisando soluções para o meu problema fiquei impressionada com o que encontrei.
    Sem parar para pensar que a mulher que não consegue amamentar por algum motivo já está sofrendo por isso, o que se encontra por aí são avisos para não desistir, a criança precisa do leite materno, o leite artificial vai fazer mal para ela, a mamadeira vai fazer ela largar o peito…
    Em primeiro lugar, amamentar pode ser bem doloroso para a mãe. Os bicos podem ficar bem rachados e feridos, tirando todo o prazer da amamentação e fazendo a mãe rezar para o neném terminar logo. Eu sei, eu passei por isso, e haja Lansinoh. E ainda tive que ficar feliz, pois eu tive bico e minha filha aprendeu a sugar bem rápido.
    E não se iludam, a composição do leite pode ser sempre igual, então não existe leite fraco, mas existe pouco leite. Aí a criança berra durante a mamada, e a mãe acha que é dor, gases, cólica ou sei lá mais o quê. Na consulta com o pediatra descobre que o bebê emagreceu. E agora? Se entra com o leite artificial todo mundo critica, tem que deixar no peito, que a sugada estimula a produção. Aí deixa no peito por três horas, para o neném dormir por uma hora e voltar para o peito, outra rodada de três horas. Sacrifícios que têm que ser feito em nome da Maternidade.
    E a alimentação? Não pode comer chocolate, nem feijão nem os vegetais crucíferos. Nem frutas cítricas nem carne de porco. Nada de enlatados ou embutidos nem frituras. E álcool. E refrigerante. Então pode comer o quê? Canjica! Estimula a produção! Tome canjica!
    Odeio canjica.
    Eu tive pancreatite, devido a cálculos biliares que foram passear no pâncreas. Tive que fazer duas cirurgias em 24 horas, e fiquei em jejum por três dias. Não sei como meu leite não secou. A pediatra falou para dar o peito e então complementar com o Nan pro 1.
    A cada mamada o pesadelo se repetia. Minha filha berrava e se debatia enquanto eu insistia em dar o peito para estimular a produção. Finalmente eu desistia e dava a bendita mamadeira, e ela se acalmava no mesmo instante. Meu marido tentava se dividir entre cuidar dela e tentar acalmar minha histeria.
    Eu chorava o dia inteiro, sentia muitas dores do pós cirúrgico, mas o pior era não ser capaz de cuidar do neném. Pela internet ouvi falar de uma monitora perinatal que seria uma especialista em amamentação, e resolvi que valia a pena tentar.
    Chegando lá, descobri que fazia tudo errado: como assim usar chupeta? Botar para dormir depois de mamar? Crime! Colocar meia por baixo do macacão? Tsc, tsc.
    Ela pesou minha filha antes é depois da mamada, e nós descobrimos que ela estava mamando só 30 ml no peito. Era bem menos do que eu esperava, e eu fiquei mais desesperada ainda. Ela falou para tomar alfafa, o chá da Mamãe, beber 5 litros de água por dia, me ensinou a usar um tal de mama tuti, com uma sonda ligando a mamadeira ao bico do meu peito de forma que ela estimularia a produção, enquanto se alimentava, sem se estressar. Me orientou a tomar mais remédios para dor, para me acalmar e ser capaz de produzir mais leite.
    Saí de lá dividida. Por um lado odiei a mulher, achei sua postura xiita demais, mas por outro estava disposta a tentar as medidas. Bebi água. Encomendei a alfafa e o chá, só chegavam segunda. Me entupi de buscopan e dipirona, fiquei sem dor pela primeira vez em umas duas semanas. E usei o mama tuti.
    Minha filha odiou. Ponto. O caninho incomoda a boquinha dela, o fluxo é muito grande, sei lá. Tentei por 24 horas, e foram 24 horas ainda mais estressantes do que antes.
    No fim daquele dia, meu marido me libertou daquele estresse todo, me dizendo para relaxar: se eu tiver leite, ela mama, se eu não tiver, ela toma o leite artificial, sem dramas.
    Nesse dia, uma sexta nós iniciamos uma nova rotina: eu dava um peito, depois o outro, e a mamadeira. Sem dramas. Ela soltava o peito eu já trocava. Naquele fim de semana eu não chorei. A alfafa chegou na segunda de manhã, e na terça de manhã ela não quis a mamadeira. Dez dias depois e nós paramos com a última mamadeira da noite e com duas semanas eu voltei ao meu esquema anterior de dar um peito só por mamada.
    Pode ter sido a alfafa, ou o líquido, ou o tempo que passou e eu me recuperei. Pode ter sido tudo isso junto, ou nada.
    Eu acho que o essencial foi que eu relaxei.
    Se ela tivesse que tomar mamadeira, paciência. Pelo menos eu poderia comer o que eu quisesse, poderia alternar a mamada da noite e dormir um pouco mais. Tanta criança por aí que cresceu com a mamadeira e é super saudável! E eu conheço casos de crianças amamentadas por mais de um ano que vivem doentes.
    Não teve, eu recuperei meu leite. Melhor, leite de peito é bem mais barato, não tem que esterilizar mamadeira. Sem dramas.
    E é assim que deveria ser.
    Uma amiga que teve que desmamar seu filho me contou que o colocava na mesma posição de quando ele mamava no peito, e ele ficava com os olhinhos fixos nela, as mãozinhas segurando sua mão… Muito melhor do que o bebê que se debatia e berrava tentando inutilmente mamar no peito.
    A amamentação é muito mais do que a passagem de alimento e anticorpos da mãe para o filho. É um momento de ligação entre os dois, um momento de olhos nos olhos, independente de mamadeira ou peito. É um momento de amor.

  4. Parabéns pelo texto. Eu vivi a mesmíssima situação e me identifiquei muito com suas palavras. Minha princesa também mama no peito um pouquinho e logo em seguida, dou a mamadeira. Ela se habituou bem com as duas formas de se alimentar e nós duas estamos felizes assim!!!

  5. Sentimento compartilhado. .. Amamentei minha primeira filha exclusivamente com leite LM. Já meu segundo, agora com 6 meses, não consegui e tmb faço a alimentaçao mista e ele tá fortao e mto saudavel… Deixar um bebe chorando, com fome, não tá com nada…resisti no inicio ao LA mas o pediatra me encorajou… Cada caso é único assim como cada bebe.

  6. Não imaginam o quanto me identifiquei e me senti confortada com os relatos. Todos sabem que amamentar faz bem… o que não significa que existe só um jeito de se fazer isso.

    1. Que bom que te deu conforto, Tania. Realmente é uma chatice essa pressão por todos os lados que as coisas tem apenas uma forma de serem feitas. O importante mesmo é seguir o nosso coração e fazer o que nosso coração diz que é melhor pro nosso filho. Não tem nada melhor do que seguir os nossos instintos 😉

  7. Oi, sei que seu texto já tem vários anos, mas como me identifiquei! E os comentários são perfeitos! Nunca me senti tão abraçada como agora! No meu primeiro filho eu era tão pro amamentação que nem chupeta e nem mamadeira comprei, eu queria amamentação exclusiva de qualquer jeito e assim tentei. Peito rachou por alguns dias, eu pensei até que ia sair o mamilo, mas foi tudo melhorando, mas o problema era outro, mesmo mamando nos 2 peitos, ele cochilava e eu pensava que tava tudo bem mas aí quando eu tirava ele, não passava nem 10 min. e lá estava ele chorando de novo, não desisti, continuava colocando no peito, mas quando ele mamava nos 2 peitos e eu tava muito cansada dava um pouco de LA no copinho e assim foi. Na primeira consulta com pediatra levei bronca porque ele tinha emagrecido, o pediatra me tratou como alguém que não queria dar peito, mesmo eu explicando que o menino não saía do peito, resultado mudei de pediatra, mas não adiantou porque a outra queria que eu tirasse o LA de todo jeito, mesmo sabendo que com LM+LA ele ainda estava ganhando pouco peso. Nesse tempo eu chorei muito, me culpava todos os dias por dar o LA, e não tinha muito ajuda para cuidar da casa, eram só eu e meu marido e ele trabalhava, não tinha outro parente para ficar comigo, foi uma situação muito difícil, porque até o LA meu filho mamava pouco. Quando ele tinha 4 meses a pediatra falou para eu introduzir as frutas e piorou tudo, além dele não ter gostado muito, ele passou a se alimentar cada vez menos, eu quase enlouquecir, até porque com 4 meses ele praticamente não dormia nem de dia nem de noite, eu parecia um zumbi, foi aí que tomei a melhor decisão não ouvi mais nada de ninguém segui com meu instinto, dei LM+LA, às vezes LA+mingau e muitas vezes tinha que dar a mamadeira com ele sonolento para ele aceitar, sei que não era o mais indicado mas foi assim que ele foi ganhando algum peso e chegou num peso aceitável para a idade dele com 7 meses. O mais absurdo foi ver a mesma pediatra que queria só insistir no peito me elogiar, eu amamentei no peito até 6 meses junto com o LA e até com LA+mingau, ninguém acredita quando falo que mesmo com esses problemas ainda amamentei 6 meses, as pessoas julgam demais quem tem dificuldade em amamentar, o que eu acho ridículo, que mãe iria preferir pagar caro num LA e ainda nas tralhas todas mamadeiras, esterelizador, etc do que simplesmente oferecer LM que já vem prontinho pro uso e ainda é de graça?! Acho de tamanha ignorância quando alguém critica uma mãe que teve problemas e acabou desistindo, nunca uma mãe vai fazer isso porque quis! No meu segundo filho já na maternidade passei sufoco, acho que por causa da mãe que dividiu o quarto comigo.ter muito leite, eu ouvi da própria pediatra que eu não tinha leite! Ou seja dessa vez peguei uma pediatra nem ai pro peito porque onde já se viu falar isso pra uma mãe com apenas 2 dias de ter parido! E a outra mãe também estava com dificuldade mesmo tendo muito leite porque o bebê dela não queria mamar, ou seja amamentar não depende só do leite da mãe, são muitos fatores que podem dificultar o processo. E tem cada pediatra por aí para complicar tudo ! Só depois pude conhecer um pediatra muito bom, que realmente foi o único que me ajudou, me deu apoio, e sempre dizia que o importante é o bebê está bem. Meu segundo após esse trauma já na maternidade, tomou LM+LA sempre que necessário, cresceu dentro do peso esperado para idade, muito saudável até hoje com 10 anos é muito difícil adoecer. Estou gestante do meu terceiro filho e novamente surgiu a dúvida como irei amamenta-lo, resolvi pesquisar como estão as coisas atualmente, e é interessante que muito coisa que antes só tinha importada agora a gente acha fácil nas farmácias ou na net o que achei muito bom, mas conforme fui lendo sobre vi muitos xiitas pró amamentação, e fiquei realmente confusa! Porque eu tentei exatamente tudo o que elas dizem funcionar em 100% dos casos nos meus primeiros filhos, e de acordo com “as especialistas” não tem erro, elas muitas vezes não consideram uma serie de fatores que podem ocorrer. Claro que tentarei novamente LM exclusivo, nunca irei desistir disso, é tipo um dos meus maiores sonhos na vida. Mas depois de ler muito e chegar aqui e ler mais depoimentos de como a coisa pode sair dos eixos, cheguei a conclusão que se novamente não der, tudo bem. Meus 2 filhos são muito saudáveis um tem 11 e outro 10 anos, e se adoecem 1x no ano é muito, são bem altos para idade, o mais velho nem parece aquele bebê que não queria se alimentar, depois dos 6 anos ele cresceu muito e nunca mais parou, come de tudo, apesar de até hoje não gostar muito de coisas doces como já havia demostrado desde bebê com as papinhas doces. Então não aceito que digam que LA pode prejudicar a saúde de uma criança, acho que tem variáveis demais(genética, exposição a doenças, vacinação insuficiente, acesso a boa alimentação, ambiente familiar, etc) para afirmar que só porque a criança tomou LA quando bebê ela terá mais doenças, ainda mais se a mãe também poder dar LM ao bebê. Eu aprendi a respeitar mais cada mãe que existe, pois hoje eu sei que cada mãe é diferente da outra e bebê também, e o que funciona para uma pode não funcionar para mim e o que funcionou para mim pode não funcionar para outra mãe, e tudo bem, ninguém é mais e nem menos mãe por causa disso.

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