O segredo do arroz perfeito

Há muitos anos cozinho e tento aprimorar sempre os meus dotes, estando dentre os meus objetivos a curto prazo fazer um curso de gastronomia. Acho que tenho bom gosto e mente aberta pra muita coisa, e preciso de técnica pra fazer mágica na cozinha.

Mas hoje, ao almoço, cheguei a conclusão de que todo piloto de fogão/cozinheiro/sus chef/chef tem que saber fazer arroz branco.

Mas de nada adianta comprar o arroz aromatizado mais caro do mercado e não saber fazer aquele arroz branquinho, soltinho, pequenininho… hummmmm!

E isso eu sei bem fazer. O segredo? Paciência.

E se você achou que este post era de uma receita culinária apenas, engana-se.Vamos chamar de arroz um objetivo que você tenha na vida. Se você for precipitado, você terá um arroz, mas mal cozido. Se tiver medo, vai pôr água a mais e terá um arroz empapado. Água a mais ou tempo de cozedura a menos  não te levarão à perfeição. Você vai conseguir alcançar o seu objetivo (ter arroz para servir)? Sim, vai. Mas será exatamente como você gostaria? Não.

Eu quero fazer meu curso de gastronomia. E hoje trabalho como administrativa de uma empresa que presta serviço para uma telecom, pra gerir as rotinas administrativas diretas de cerca de um departamento com 500 pessoas. O que isso tem a ver com gastronomia? Nada, apenas o fato de cada dia que eu passo lá dentro tenho mais vontade de largar tudo aquilo e fazer o dito curso.

O curso inicia em Setembro. As inscrições em junho. O horário é ingrato, tenho que abdicar deste trabalho. E apesar de eu estar completamente saturada de algumas coisas que acontecem naquela função que exerço especificamente, não consigo largar essa cachaça. Não me faz bem, não me faz feliz. Mas tem um lado meu que quer que aquilo esteja funcionando perfeitamente para depois sair com a consciência tranquila de que dei o meu melhor e o resultado é notório.

Mas o que eu estou fazendo??? Colocando água a mais no meu arroz quando eu sei que ele vai ficar papado e isso é irreversível! Posso tentar salvar colocando no forno, numa assadeira larga, bem espalhado e descoberto, pra secar a água, mas o resultado é imprevisível porque se eu cozi demais o arroz, não há forno que o salve.

Eu queria ter saído do trabalho e me preparar para o curso em 01/11/2013, mas antes disso me foi feita uma proposta para esse “desafio” administrativo, e… eu adoro um desafio. Infelizmente, as coisas não aconteceram como foi proposto no início. Minha superior imediata mudou, perdi o apoio que tinha e também orientação, os gestores do departamento que atuo não são tão disponíveis como disseram e isso me deixa como um peixe fora d’água. Ou seja, meu arroz está sendo feito na panela errada. Alta demais e estreita para a quantidade de arroz que eu quero fazer. A panela é alta para caber a quantidade de trabalho que eu recebo, e que só aumenta. E isso é um problema, porque o meu arroz vai continuar empapado.

Minha vontade hoje é de sumir de lá e deixar tudo como está. Não há mais ninguém que conheça o trabalho, porque simplesmente não se interessam (e reparei isso quando estive ausente por 18 dias em fevereiro, por causa da cirurgia e recuperação do meu marido).

Mas isso seria deixar meu arroz cru, rijo… E isso não é bom.

Sei que tenho que refogá-lo com azeite (e alho, mas isso é porque eu faço questão) até começar a estalar, e depois colocar água quente o suficiente para cobrir apenas a quantidade de arroz que está na panela. Ah! A panela não deve ser muito alta, nem muito larga. Digamos que tem que ser uma panela que permita que a quantidade que você está refogando de arroz (antes de colocar a água) não seja superior a 1cm.  E quando colocar a água, nem pense em alcançar o nível dos 2cm. No máximo 1,5cm.

Faço tudo no olhômetro, não uso medidas (daí o dom! 🙂 ) e não sei precisar quanto do que usar. Depois da água, hora de sal. Prove. Tem que estar no ponto que você gostaria de provar o seu arroz depois de cozido.

Quando começar a secar, desligue o fogo, tape a panela e espere. Não abra, por nada. A paciência é o segredo, lembre-se disso! Pelo menos 15 minutos. Não vai ficar frio, relaxa.

Arroz não é algo que se coma assim que se desliga o fogo. Deve ser a primeira coisa a ser feita, pra dar tempo de chegar à perfeição. Não deixe o seu arroz por último.

E sabendo eu o que tenho que fazer exatamente pra ter meu arroz perfeito, porque me apetece tanto comer purê de batatas?

2 opiniões sobre “O segredo do arroz perfeito”

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