Resumo para quem chegou agora aqui pelo BanhoDeChuva: prazer, me chamo Carol, casei em 2006, fugimos da violência carioca em 2008, destino Lisboa, criei esse blog, tivemos um cão, dois filhos, perdemos o cão, em 2015 fomos pra Manchester, deu tudo errado, em 2016 voltamos pro Rio, arrependimento imenso, em 2017 tentamos fixar raízes em Curitiba e o coração não sossegou até voltarmos para o lugar que mais amamos no mundo no final de 2019.
Mas por que, Carol?
É… gostaria de ter mais dificuldade em responder isso, mas foram tantas motivações que até me assusto ao me dar por isto. Enumero abaixo as razões que se acumularam, não que elas tenham acontecido exatamente nesta ordem:
Desculpem a ausência, mas tem sido intenso na vida real.
Como sabem, não moro em Portugal desde 2015, voltei ao Brasil em 2016 e em 2017 mudei-me para Curitiba, PR. Já não estou a par em detalhes sobre o custo de vida em Portugal e por isso tem sido difícil responder a todos os e-mails que recebo, porque preciso fazer pesquisas pra dar uma resposta mais acurada Continue a ler Dá pra imigrar sem “documento”?→
Como prometi no meu último post, link aqui, vou contar um pouquinho sobre a escola que irei estudar, a Greystone College.
Minhas aulas já começam na segunda-feira (24/04) e estou mega ansiosa e animada, mas vamos lá que vou explicar alguns detalhes que me fizeram decidir por ela.
A minha primeira etapa foi escolher qual curso combinava comigo, não queria fazer um apenas para ir para o Canadá, queria um que agregasse conhecimento à minha carreira na área de Comunicação. Havia ficado em dúvida entre dois cursos, ambos de colleges particulares (também explico a diferença entre particular e público no meu outro post). O primeiro foi na Canadian College, o de Social Media Marketing. Ele realmente me encantou, gostei bastante do conteúdo, adoro trabalhar com social media, porém fiz minhas contas e ele não entrava no meu orçamento, mesmo sendo mais barato que o college público.
Minha caçada não terminou, é claro! Depois de muito Google, achei a Greystone College. Foi aí que descobri o curso de Business Communications. Comecei a olhar a grade dele e realmente gostei. Fui atrás de feedbacks sobre o college e muitos falavam que ele não era indicado para quem já era fluente ou estava em busca de algo mais técnico ou profissional. Contudo, como já falei anteriormente, meu inglês não é fluente, ele é avançado, compreendo bem, assisto seriado sem legenda, mas acredito que não seja o ideal para trabalhar na minha área, esse é o meu verdadeiro objetivo. Outro motivo que me fez decidir por esse curso, foi a opção de co-op, que nada mais é do que o período de estágio full-time na área que você estudou após finalizar o curso (lembrando que eu posso trabalhar part-time enquanto estudo). Ótimo, né? 😉
Vamos a lista de alguns motivos que gostei do curso:
Posso trabalhar enquanto estudo;
Vou aprender o inglês do mercado de trabalho;
O curso tem relação com a minha área de formação. Além de contribuir com a minha carreira, o agente de imigração teria uma maior probabilidade de aprovar meu visto. Imagina eu aplicar para um curso de Nutrição com formação em Comunicação Social. Minha carta de intenção teria que está muito bem escrita e explicadinha o porquê de fazer um curso totalmente diferente;
Vou fazer um estágio na minha área;
Acredito também que ele seja a porta de entrada para um college público. Já que estando no Canadá, tenho outras opções de colleges públicos que posso aplicar e nesse período vou vê se me adapto ao país;
Por último, mas não menos importante, o valor. Menos de 10 mil dólares e ainda consegui pagar em 10 vezes (hoje o valor está um pouco mais de 10 mil CAD). Como não amar o parcelamento brasileiro?! hahahah
Aqui embaixo compartilho minha grade do curso, mas vocês podem entrar no site da escola e ver qual programa se encaixa mais com você. Tem um de Tourism & Hospitality que achei bem interessante e játrabalhei em hotel quando morei nos EUA, mas preferi optar pelo de BC.
Em breve irei fazer um post contando mais sobre a escola, as aulas, os professores, meu estágios, etc.
Quando comecei a pesquisar países que davam visto de trabalho para brasileiros, o Canadá me chamou logo atenção. Entre as minhas opções, também estavam Austrália, que eu já havia morado, e a Nova Zelândia, que já conhecia.
Robin Scherbatsky
Ainda não tive a oportunidade de passar uns dias no país da Robin (quem assistiu How I Met Your Mother me entende), então decidi pesquisar sobre essa possibilidade de visto de trabalho para brasileiros, não deu outra, me apaixonei. Aliás, como não se apaixonar por aquelas paisagens dos lagos azuis? ❤
Então surgiu a dúvida, por onde começar?
Comecei a pesquisar em diversos blogs, sites, Youtube, grupos do Facebook e o próprio site do governo canadense, o CIC. Com isso, entendi que eu precisaria estudar – fazer um college (parecido com o nosso tecnológico), pós-graduação ou mestrado – para conseguir trabalhar. Descobri também que curso de inglês não oferece visto de trabalho. Então vamos lá que vou começar a contar minha saga.
Tudo começou em 2015 quando eu já havia iniciado meu curso de pós-graduação em marketing, então de cara já descartei essa modalidade de curso e o mestrado, que também não me interessava. Então, comecei a a pesquisar os colleges e descobri o grande X da questão, a diferença entre as instituições públicas e privadas.
Os colleges públicos na modalidade full-time oferecem a oportunidade de você trabalhar após o termino por até o mesmo período que você estudou. Por exemplo, seu curso tem duração de dois anos, após a conclusão você pode conseguir o visto por até mais dois anos. Lembrando que mesmo fazendo o college público o PGWP ( Post-graduation Work Permit) não é 100% garantido, mas são poucos casos que não conseguem. No site do CIC(que está em inglês) você encontra todas as informações. Nesse outrolink você consegue entender se você está elegível para o PGWP. Além disso, durante o curso você pode trabalhar part-time. Ai você pensa, que maravilha!
Contudo, para ingressar na instituição pública, que mesmo tendo esse nome não é de graça, você deverá fazer prova de proficiência em inglês, como o Ielts, e desembolsar uma boa quantia. Mas não vamos desanimar, né?! 😉
Eu não tinha todo esse dinheiro, só o college público gira em torno de 30 mil dólares canadense, e eu acreditava que meu inglês não seria suficiente. E agora? Foi ai que descobri o tal do co-op de um college particular, aGreystone College, mesmo sabendo que ele não me oferecia o PGWP.
Antes de procurar qualquer agência de viagem, eu pesquisei muito, li diversos sites, entrei em contato com blogs e pessoas que moravam em Vancouver, etc. Acredito que essa pesquisa pessoal que faz a diferença. Quando entendi que o curso se encaixaria no meu orçamento, comecei a fazer meu planejamento pessoal e financeiro.
A minha dica para quem está começando agora é pesquisar muito (tô aqui para ajudar com o que aprendi) e ter paciência. Vejo muitas pessoas sem esperança pela atual situação do nosso país e quererem se mandar, mas, infelizmente, não tem como ser do dia para a noite. Vejam qual curso combina com você e que se encaixe no seu orçamento (prometo fazer um post com uma lista de colleges em Vancouver).
Depois de tudo que pesquisei, acredito que imigrar através dos estudos seja a melhor forma. Não é fácil, é demorado, requer em torno de uns 50 mil reais (vou explicar esses gastos mais para frente), mas quem tem determinação não desiste.
No próximo post irei contar sobre a Greystone College: Porque esse college , qual curso escolhi, valores que gastei, o que precisei para ser aceita, etc.
Espero que eu tenha conseguido dar uma luz de por onde começar. Caso alguma informação não tenha ficado clara ou não esteja correta, podem me avisar! Tudo que escrevi foi o que pesquisei com muito carinho e aprendi nesses dois anos.
Depois de mais de um ano afastada dos posts, por motivos de desmotivação maior – já vos conto do meu novo paradeiro e porque decidi fazer essa mudança – e com mais de 200 e-mails, sem exagero, com eufemismo, pra responder (recebidos no canal “Fala que eu te escuto”), acho que esse post pode ajudar a esclarecer a maioria das dúvidas que me são enviadas: Continue a ler Morar em Portugal: vale a pena?→
Tudo à minha volta está uma confusão. Minha casa quase sem mobília, tudo o que havia dentro delas em sacos, caixas ou simplesmente empilhado num canto, meu filho sem rotina nenhuma, minha filha tentando ter uma rotina, horas a menos de sono e 4 dias sem marido.
Ele foi pra Manchester pra pegar as chaves de casa e pra comprar a mobília ultra necessária pra chegarmos lá. Basicamente, o quarto das crianças, um sofá e um colchão pra dormirmos.
Depois que o Marvin foi embora, conseguimos o deal de uma casa em apenas 4 dias. Ou seja, o deixámos na casa do criador no Domingo e tivemos a nossa proposta aprovada numa 5a feira. Mais uns 10 dias de burocracia e pronto! Chaves liberadas.
Faltam 4 dias pra mudarmos todos nós pra casa nova. Cidade nova. País novo.
Sei que vai ser maravilhoso, não tem como não ser. Adoro a Inglaterra, as pessoas, a diversidade. Acho que Manchester vai me surpreender positivamente. Sei que não é como Londres, mas é mais cidade (em termos de desenvolvimento e acesso a informação) que Lisboa.
E mesmo assim, mesmo eu estando super ansiosa pra conhecer minha nova vida, me dá um apertozinho lá no fundo porque não vou ter nem a minha Luka e nem o meu Marvs comigo nessa mudança.
Talvez tenha sido por isso que Deus me tirou a Luka. E por sorte o Marvin ainda era novo o suficiente pra se apaixonar por outra família que lhe desse muito amor e que pudesse ficar com ele pra sempre.
Sinto falta dos meus cães. Vou ter tanta coisa pra fazer no início que não vou ter tempo pra sofrer por isso, mas quando as coisas entrarem nos eixos, acho que vai me dar um ligeiro vazio…
Como disse antes, amo Lisboa. Sou muito feliz aqui.
Mas infelizmente, a economia e a política do país hoje não está favorável para que eu consiga ter o padrão de vida que almejo para os meus filhos.
E devido a alguns acontecimentos recentes no mercado de trabalho do meu marido, a oferta de trabalho tem vindo a cair e chegou num ponto que não vai dar para sermos auto sustentáveis a curto prazo.
Acho que a crise em Portugal estagnou, mas ainda estamos em recessão. Vai levar alguns anos para que voltemos a crescer, e até isso acontecer, não vejo lógica em continuar aqui. Emocionalmente eu não tirava mais o pé daqui por nada, mas pensando bem…
Eu estou afastada do mercado de trabalho e assim estou desde o 4º mês de gravidez da Olivia. Quero voltar em breve, mas a matemática não tem feito muito sentido: para eu trabalhar, preciso colocar minha filha na creche. O ordenado que ultimamente estão oferecendo não está muito acima do mínimo (na verdade, a maioria paga o mínimo e ponto final), e o valor da mensalidade da creche é quase o ordenado mínimo.
Portanto, trabalhar para ficar na mesma não compensa. Lógico que seria ótimo pra Olivia estar num ambiente com outras crianças, pra socializar, mas temos que pensar de forma mais prática.
Então, aproveitando as vantagens de existir o Espaço Economico Europeu (EEA), decidimos hoje imigrar mais uma vez. Não voltaríamos para o Rio, porque em termos financeiros ia ser pior do que continuar aqui.
Pensamos e ponderamos: know how, idiomas que falamos, mercado de trabalho, educação, custo médio moradia, saúde, segurança, custo de vida (manutenção casa e alimentação) e chegamos a conclusão de que Manchester é o nosso próximo porto.
Ainda estou pesquisando sobre tudo e mais alguma coisa, afinal, já estive 3 vezes em Londres, mas nunca em Manchester, e o mais sensato que uma pessoa que quer imigrar deve fazer é pesquisar a respeito antes de sequer começar a fazer as malas.
A nossa maior preocupação é a adaptação do nosso filho, e tenho recorrido a alguns blogs pra ter informações.
Conforme eu conseguir respostas sobre a burocracia para imigrar, partilho por aqui.
Por agora, eu digo apenas que vou ter imensas saudades de Lisboa. Estará sempre na minha vida e no meu coração.
Por agora não consigo dizer muito mais, mesmo porque não há nada definido 100%. Ok, digamos que temos 70% de definição 🙂
Posso apenas dizer que sou muito feliz em Lisboa e adoro muita coisa aqui, mas tudo na vida é um ciclo e eu e meu marido chegamos a conclusão que este ciclo chegou ao fim.
Temos que galgar novos desafios e pensar que qualquer sacrifício será sempre em prol do que há melhor na nossa vida: nossos filhos.
Vida de imigrante é assim: você decide mudar de país e as pessoas fazem um drama, dizem que você é maluco, que não vai aguentar, mas que deseja sorte.
Reaparecem pessoas na sua vida que antes não te procuravam porque você morava no subúrbio (sim, porque você é você, mas o seu bairo… poxa vida…), e querem ficar suas amigas porque agora você vai pra fora do país (o famoso “tá fazendo isso porque enricou”).
Aí você chega na sua nova terrinha, tá se ambientando, enfrentando toda a dificuldade e pontos de interrogação que surgem na sua frente e quando se comunica com quem ficou lá na cidade de origem só ouve Continue a ler Criar laços e atar nós→
Nesse tempo que estive sem escrever recebi alguns emails perguntando sobre a crise na Europa, como está afetando Portugal, questões sobre a intensidade dos problemas financeiros do país e se eu acho que seria um bom momento para a imigração.